sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dia 21/10/09: muito além da gramática!

Tarde linda de sol e nós na reta final de nossos encontros.
Como tínhamos planejado anteriormente, iniciamos a tarde retomando as questões sobre o texto dos PCNs e algumas discussões surgiram nesta questão. Percebemos agora a importância e a pertinência do estudo dos PCNs e o por quanto tempo o ignoramos.
Seguindo nesta linha, fizemos a leitura de dois momentos distintos, mas interligados do livro "Muito além da gramática" de Irandé Antunes.
O primeiro deles para se desfazer de vez o equívoco de que nomenclaturas não são regras (pág. 80 até 83), onde a autora reforça a questão de que gramática precisa ser ensina sim, mas ela não pode ser o foco, o objetivo do estudo de Língua Portuguesa, ela tem que ser o acessório útil e importante da aula.
No segundo monento, nos detivemos no capítulo 12 do livro (pág. 132 até 144): Uma sugestão de programa muito além da gramática. Onde a autora de forma ousada, sugere um novo programa para as aulas de Língua portuguesa. Um programa um tanto amplo, mas extremamente pertinente na nossa tarefa (também ousada) de mudar os planos de estudo de nosso município, para enfim, colocar-los de acordo com os PCNs e as orientações do GESTAR II. Neste capítulo, além da sugestão de um novo programa, a autora demonstra de forma prática e a partir de um exemplo simples, como utilizá-lo em sala de aula.
É garimpando as idéias de diferentes escritores e adaptando o que é pertinente para nossa realidade, que pretendemos construir o projeto de mudança dos planos de estudo. Nesta tarde de debates, conversas e discussões sobre o tema, surgiu mais uma importante questão para o próximo ano: colocar a par as equipes diretivas das escolas e a equipe da secretaria de educação de todas as mudanças que vamos implementar a partir do próximo ano, suas implicações e o motivo porque cada uma delas está sendo feita. Afinal, se os coordenadores pedagógicos, os diretores e os demais gestores não tiverem clareza de nossa proposta, muitos equívocos poderão surgir e tememos que a pressão da gramática como foco do ensino, recaia em nossos ombros.
Continuamos nossos estudos da tarde com as duas primeiras unidades do TP6.
Falamos então especificamente das questões da argumentação e a importância da construção de bons argumentos a partir do senso comum e da leitura, para que surjam argumentos baseados em exemplos, em provas concretas ou de autoridade. Discutimos como fazer o aluno buscar e construir seus argumentos e mais uma vez nos deparamos com o problema estrutural das escolas: bibliotecas pequenas, sem periódicos atualizados e a dificuldade do acesso a internet.
Lemos e comentamos a viabilidade de aplicação de cada um dos avançando na prática da unidade 21. Ressaltei a importância de serem feitas as leituras sugeridas que cada TP contém, pois elas estão ali para ampliar e enriquecer nosso conhecimento sobre cada um dos temas.
Em relação a unidade 22, detive com as cursistas uma atenção especial a página 81, onde importantes conceitos sobre as funções da linguagem são retomados e a partir disto, podemos compreender a questão de estilo e da "voz" de Bakhtin e de como tudo este universo tem relevância e significado no desenvolvimento de "boas aulas de português"! Outra vez nos detivemos na leitura e na viabilidade de aplicação dos avançando na prática desta unidade. Mesmo sabendo que não temos a obrigatoriedade de colocá-las em prática, sua discussão é sempre pertinente, pois mudam nosso olhar e nosso pensamento na hora de planejarmos aulas.
Mais uma vez com o tempo estourando em nossos olhos, encerramos a tarde organizando e planejando as metas para no próximo encontro finalizarmos o TP6 e se possível, pincelarmos idéias do TP1.

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