quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O poder das perguntas

Volta e meia passa na televisão uma propaganda que diz algo assim: “não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas”. Se pararmos atentamente para pensar, chegamos à conclusão que é verdade. Neste instante, precisamos também nos remeter a outro lugar: a sala de aula e refletir, não é também disto que precisamos lá?
Mas quando penso em perguntas, não valem aquelas que estão estampadas nos livros didáticos, nos polígrafos ou no material retirado da internet. E por quê? Simples, por elas são confeccionadas para abranger o todo, a grande parcela da população, são em sua maioria perguntas genéricas, sintéticas, que teoricamente qualquer um poderia responder.
Quando penso em perguntas, estou pensando naquelas que são confeccionadas pelo professor, pensando no seu aluno, nos seus saberes, nas suas limitações. Penso naquelas perguntas que farão com que eles possam dar um passo além. Um de cada vez, transformando e ampliando seus saberes.
Sei bem da grande carga horária que a maioria dos professores tem, das jornadas de trabalho exaustivas que muitos possuem e compreendo muito bem que isso é um dos maiores empecilhos na preparação de boas aulas. Mas vamos refletir: se não houver modificação na preparação das aulas, haverá mudança? Se as aulas continuarem sendo preparadas de forma genérica para atender alunos de diferentes escolas e realidades, haverá mudança? Se as aulas não forem pensadas e preparadas, pois existe o livro didático, haverá mudanças?
Precisamos repensar, reavaliar e tentar descobrir onde está o problema. Muitas vezes não é apenas o aluno que é preguiçoso e não quer nada com nada. Muitas vezes, as aulas que são apresentadas a eles, não chatas, desmotivadores e não fazem nenhum sentido para eles. Já pensou nisso?
Minha proposta é simples: vamos nos reinventar! Vamos produzir aulas pensando no rosto de cada aluno. Vamos pensar em aulas que motivem. Vamos pensar em aulas que tenham utilidade prática. Vamos deixar de usar apenas o livro, o giz e o caderno. Sei que minha proposta não é simples e fácil. Pois desacomodar velhos hábitos é uma atitude que aborrece e desagrada muita gente. Mas se não houver um sinal positivo de mudança nos professores, haverá mudança nos alunos?
Lá estão as perguntas! Muitas delas, algumas seguidas de minha opinião, outras não. Vamos pensar na frase que motivou este texto. Vamos incorporá-la a nossa prática profissional. Vamos nos desacomodar. Vamos mudar e esperar as mudanças! Vamos fazer diferente. Pense e ao menos tente, faça sua experiência! Se eu estiver errada, desculpe! Mas se eu estiver certa, aproveite a oportunidade e mude também!

Nenhum comentário:

Postar um comentário