terça-feira, 30 de agosto de 2011

E a moda pegou!


            Desde que uma luta de classe foi interpretada por uma governante como uma atitude contrária a si própria e a seu governo, a “moda pegou” e espalhou-se por diferentes municípios do Rio Grande do Sul.
            Estamos vendo novamente atitudes arbitrárias, tentativas de censura e repressão sobre a luta pela implementação da Lei 11.738 ou Lei do Piso Salarial e pela reformulação do plano de carreira dos professores municipais de Itaara, serem confundidas com atitudes de afronta pessoal ao governo municipal. Uma luta legítima por direitos, que estão sendo negligenciados e cerceados, não pode e não deve ser confundida com um mero ataque político para desestabilizar um governo.
            Um governo passa, muda.  Seus servidores, não! Estes ficam e continuam seu trabalho independente do partido que está no governo ser A ou B. Esta é uma leitura que precisa ser feita e compreendida pelos diferentes governantes que aderiram a “moda” criada pela antiga governadora do estado: a da perseguição política. É fácil apresentar-se a sociedade como vítima de uma classe “injusta e implacável” como a do magistério. Difícil para os governantes é conceder seus direitos e deixá-los sem motivo para lutar!
            As lutas de classe são legítimas. Se elas existem no magistério são porque fazem parte de um interminável rol de desvalorização a que esta classe é submetida ao longo das últimas décadas. É necessário que a sociedade fique ciente que a melhoria na qualidade do ensino brasileiro passa sim pela valorização salarial do magistério público e que não será apenas com um giz na mão que os professores irão mudar o mundo e serem a panacéia de nosso país.