Munida
de lanterna, panos, água e álcool, lá foi ela em direção a parada de ônibus que
fica a poucos metros de sua casa e de duas escolas da região.
Todos os dias ao usar este espaço, ficava indignada com a
“sujeira” deixada pelos estudantes: litros e litros de corretivo gastos para
registrar mensagens e palavrões, além de muitas canetinhas gastas para este
mesmo fim. Ficava chateada ao ver o descaso com os lugares públicos e ficava
também com pena dos pais, que compravam material (muitas vezes com imenso
esforço) para seus filhos literalmente colocarem fora.
Mas ela nunca foi uma mulher conformada com este tipo de
situação. Ela sempre foi uma mulher de ação. E com este intuito, lá foi ela uma
noite e de forma anônima, para a parada de ônibus que diariamente frequentava.
Álcool, água, panos e boa vontade foram seus antídotos para pelo menos ali,
naquele pequeno espaço, ela pudesse mostrar sua indignação com a situação,
limpando aquele local.
Por quanto tempo a parada de ônibus ficará limpa?
Que esta pergunta sirva de reflexão para os estudantes
que também frequentam este lugar. E que eles adquiram a consciência de que
espaços públicos são de todos e não devem ser maltratados. Pois certamente em
suas casas e escolas eles são instruídos a não terem esta atitude de vandalismo
com o que é público.
Espero não precisar mais ver aquela jovem mulher
repetindo aquele belo gesto anônimo de cidadania e respeito pelas coisas
coletivas da cidade onde mora. Espero daqui para frente ter uma cidade mais
limpa e muito mais bela com a ajuda e o cuidado de todos.
Bete
Que tu
possas servir de inspiração
para
muitas outras pessoas!
Com
carinho
Lu
Mello
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